quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

DARWINISMO SOCIAL, RACISMO E EUGENIA - Questões Bloco 01

HUMANAS PARA O ENEM - BLOCO 01
DARWINISMO SOCIAL, RACISMO E EUGENIA


1 (UNESP) Ao final do século passado, a dominação e a espoliação assumiam características novas nas áreas partilhadas e neocolonizadas. A crença no progresso, o darwinismo social e a pretensa superioridade do homem branco marcavam o auge da hegemonia europeia. Assinale a alternativa que encerra, no plano ideológico, certo esforço para justificar interesses imperialistas.

a) A humilhação sofrida pela China, durante um século e meio, é algo inimaginável para os ocidentais.
b) A civilização deve ser imposta aos países e raças onde ela não pode nascer espontaneamente.
c) A invasão de tecidos de algodão do Lancashire desferiu sério golpe no artesanato indiano.
d) A diplomacia do canhão e do fuzil, a ação dos missionários e dos viajantes naturalistas contribuíram para quebrar a resistência cultural das populações africanas, asiáticas e latino-americanas.
e) O mapa das comunicações nos ensina: as estradas de ferro colocavam os portos das áreas colonizadas em contato com o mundo exterior.

2 Podemos dizer que uma das consequências da doutrina do Darwinismo Social, elaborada no século XIX, foi:

a) o aperfeiçoamento das sociedades democráticas e a evolução tecnológica ocidental.
b) as lutas pelos direitos civis e pela “igualdade racial”.
c) as políticas de segregação racial do século XX.
d) as leis de segregação racial implementadas no Brasil durante o período republicano.
e) a dessegregação racial nos Estados Unidos na primeira metade do século XX.

3 (UEL) Constituem exemplos de políticas eugenísticas promovidas como política oficial de Estado:
I. O apartheid na África do Sul, em vigor até o início dos anos de 1990.
II. As ações dos cidadãos comuns da Ku-Klux-Klan nos Estados Unidos, sobretudo nos anos 1960, com o crescimento do movimento dos direitos civis em defesa da raça branca.
III. A implantação dos campos de concentração na Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
IV. O movimento Anauê no Brasil, promovido por Plínio Salgado e base das milícias integralistas criadas por Getúlio Vargas.
Assinale a alternativa correta.

a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e III são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

4 (UECE) O trabalho de Herman Bernhard Lundborg, utilizado para justificar a ideia de “higiene racial”, foi fundamental para o debate sobre eugenia. Assim sendo, a eugenia passou a ser defendida pelo regime nazista, culminando, em 1935, na aprovação das Leis de Nuremberg. Essas leis

a) Obrigavam a esterilização de pessoas com problemas hereditários e a castração de delinquentes sexuais e de homossexuais.
b) Criaram centros de reprodução humana e, ao mesmo tempo, legitimaram o programa Lebensborn, que incentivava pessoas saudáveis a reproduzirem-se.
c) Dispunham sobre práticas de limpeza e higienização, com vistas a proporcionar a melhoria genética da espécie humana.
d) Proibiam o casamento ou contato sexual de alemães com judeus, bem como com pessoas portadoras de doenças mentais, contagiosas ou hereditárias.

5 (ENEM 2022) Com direitos civis, mas sem direitos políticos, além das mulheres, milhões de camponeses iletrados, em sua maioria não brancos, num contexto altamente racista e racializado, milhares de imigrantes estrangeiros recém-chegados e de ex-escravos recém-libertos não deixaram, apesar disso, de agir politicamente e de influir decisivamente no devir da república em formação. Um meio pelo qual esses grupos exerceram a cidadania, nas primeiras décadas do regime político mencionado, foi o(a)

a) prática do sufrágio livre e universal.
b) programa de democratização do ensino.
c) aliança de oligarquias partidárias estaduais.
d) irrupção de levantes populares espontâneos.
e) discurso de inspiração social-darwinista e eugenista.

6 (ENEM 2017) A luta contra o racismo, no Brasil, tomou um rumo contrário ao imaginário nacional e ao consenso científico, formado a partir dos anos 1930. Por um lado, o Movimento Negro Unificado, assim como as demais organizações negras, priorizaram em sua luta a desmistificação do credo da democracia racial, negando o caráter cordial das relações raciais e afirmando que, no Brasil, o racismo está entranhado nas relações sociais. O movimento aprofundou, por outro lado, sua política de construção de identidade racial, chamando de “negros” todos aqueles com alguma ascendência africana, e não apenas os “pretos”.
A estratégia utilizada por esse movimento tinha como objetivo

a) eliminar privilégios de classe.
b) alterar injustiças econômicas.
c) combater discriminações étnicas.
d) identificar preconceitos religiosos.
e) reduzir as desigualdades culturais.

7 (ENEM 2017) O racismo institucional é a negação coletiva de uma organização em prestar serviços adequados para pessoas por causa de sua cor, cultura ou origem étnica. Pode estar associado a formas de preconceito inconsciente, desconsideração e reforço de estereótipos que colocam algumas pessoas em situações de desvantagem.
O argumento apresentado no texto permite o questionamento de pressupostos de universalidade e justifica a institucionalização de políticas antirracismo. No Brasil, um exemplo desse tipo de política é a

a) reforma do Código Penal.
b) elevação da renda mínima.
c) adoção de ações afirmativas.
d) revisão da legislação eleitoral.
e) censura aos meios de comunicação.

8 (ENEM 2021) Em escala, o negro é o negro retinto, o mulato já é o pardo e como tal meio branco, e se a pele é um pouco mais clara, já passa a incorporar a comunidade branca. A forma desse racismo no Brasil decorre de uma situação em que a mestiçagem não é punida, mas louvada. Com efeito, as uniões inter-raciais, aqui, nunca foram tidas como crime ou pecado. Nós surgimos, efetivamente, do cruzamento de uns poucos brancos com multidões de mulheres índias e negras.
RIBEIRO, D. O povo brasileiro: formação e sentido do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 2004 (adaptado). Considerando o argumento apresentado, a discriminação racial no Brasil tem como origem

a) identidades regionais.
b) segregação oficial.
c) vínculos matrimoniais.
d) traços fenotípicos.
e) status ocupacional.

9 (ENEM 2021) A história do futebol brasileiro contém, ao longo de um século, registros de episódios racistas. Eis o paradoxo: se, de um lado, a atividade futebolística era depreciada aos olhos da “boa sociedade” como profissão destinada aos pobres, negros e marginais, de outro, achava-se investida do poder de representar e projetar a nação em escala mundial. A Copa do Mundo no Brasil, em 1950, viria a se constituir, nesse sentido, em uma rara oportunidade. Contudo, na decisão contra o Uruguai sobreveio o inesperado revés. As crônicas esportivas elegiam o goleiro Barbosa e o defensor Bigode como bodes expiatórios, “descarregando nas costas” dos jogadores os “prejuízos” da derrota. Uma chibata moral, eis a sentença proferida no tribunal dos brancos. Nos anos 1970, por não atender às expectativas normativas suscitadas pelo estereótipo do “bom negro”, Paulo César Lima foi classificado como “jogador-problema”. Ele esboçava a revolta da chibata no futebol brasileiro. Enquanto Barbosa e Bigode, sem alternativa, suportaram o linchamento moral na derrota de 1950, Paulo César contra-atacava os que pretendiam condená-lo pelo insucesso de 1974. O jogador assumia as cores e as causas defendidas pela esquadra dos pretos em todas as esferas da vida social. “Sinto na pele esse racismo subjacente”, revelou à imprensa francesa: “Isto é, ninguém ousa pronunciar a palavra ‘racismo’. Mas posso garantir que ele existe, mesmo na Seleção Brasileira”. Sua ousadia consistiu em pronunciar a palavra interdita no espaço simbólico do discurso oficial para reafirmar o mito da democracia racial.

O texto atribui o enfraquecimento do mito da democracia racial no futebol à
a) responsabilização de jogadores negros pela derrota na final da Copa de 1950.
b) projeção mundial da nação por um esporte antes destinado aos pobres.
c) depreciação de um esporte associado à marginalidade.
d) interdição da palavra “racismo” no contexto esportivo.
e) atitude contestadora de um “jogador-problema”.

10 (ENEM 2023) De quem é esta língua? 
    Uma pequena editora brasileira, a Urutau, acaba de lançar em Lisboa uma “antologia antirracista de poetas estrangeiros em Portugal”, com o título Volta para a tua terra.
    O livro denuncia as diversas formas de racismo a que os imigrantes estão sujeitos. Alguns dos poetas brasileiros antologiados queixam-se do desdém com que um grande número de portugueses acolhe o português brasileiro. É uma queixa frequente.
    “Aqui em Portugal eles dizem / — eles dizem — / que nosso português é errado, que nós não falamos português”, escreve a poetisa paulista Maria Giulia Pinheiro, para concluir: “Se a sua linguagem, a lusitana, / ainda conserva a palavra da opressão / ela não é a mais bonita do mundo./ Ela é uma das mais violentas”.
    O texto de Agualusa tematiza o preconceito em relação ao português brasileiro. Com base no trecho citado pelo autor, infere-se que esse preconceito se deve

a) à dificuldade de consolidação da literatura brasileira em outros países.
b) aos diferentes graus de instrução formal entre os falantes de língua portuguesa.
c) à existência de uma língua ideal que alguns falantes lusitanos creem ser a falada em Portugal.
d) ao intercâmbio cultural que ocorre entre os povos dos diferentes países de língua portuguesa.
e) à distância territorial entre os falantes do português que vivem em Portugal e no Brasil.


GABARTIO

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